domingo, 27 de janeiro de 2008

"Meu nome não é Johnny"


Particularmente, acho que “Meu nome não é Johnny” é um filme leve demais para a gravidade do problema que aborda. Se o objetivo do filme em algum momento é fazer rir, concordo que funcionou, pois pouca ou nenhuma menção às implicações sociais do tráfico ou as consequencias psicológicas e destruidoras da drogas é mostrado.

Uma das frases reveladoras é quando o personagem diz que “não é bandido”, como se bandidagem fosse uma essência, e não um comportamento. Sintomaticamente, um outro momento revelador do filme é quando João Guilherme, no tribuinal, afirma não saber a diferença entre o que é dentro e fora da lei, porque na sua vida as coisas “foram acontecendo”.

Talvez as coisas "foram acontecendo" devido a ausência incontestável de seus pais na sua educação, ajudando ele acreditar que a vida tem que ser vivida hoje e sem o menor senso de orientação e cuidado. Conselhos do tipo "Beba com moderação" ou "jamais use drogas, pois elas acabam com o seu corpo e a sua vida" poderam ser vistos, pois nem mesmo o Pai que morrera de tanto fumar sabia o que significava isso. (Sem moralismos!)

Perdeu-se, portanto a chance de ser um filme histórico, cuja verdade não se limitasse à reconstituição de uma vida irresponsável, mas que pelo menos mostrasse que é possível se divertir e viver a vida sóbrio! (ou socialmente!!)

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